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Educação bilíngue na prática

Publicado por Priscilla Lucenaem 30 de junho de 202131 de maio de 2024

Educação Bilíngue no Brasil

É importante situarmos o momento em que nos encontramos em termos de legislação quanto à educação bilíngue no país. O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou em 2020 as Diretrizes Nacionais para a Educação Plurilíngue no Brasil. É importante ressaltar que esse documento ainda espera por homologação, mas nele há uma definição sobre essa modalidade de ensino e os requisitos básicos para que uma instituição possa se denominar uma escola bilíngue.

Para ser denominada como tal, é necessário que haja um currículo único, integrado, ministrado nas duas línguas de instrução e isso deve acontecer em todos os segmentos da escola, ou seja, da educação infantil ao ensino médio. 

Recomendamos a leitura do nosso artigo Novas diretrizes da Educação Bilíngue no Brasil: o que muda com a nova regulamentação?  Nele, há informações mais detalhadas sobre as Diretrizes, que tratam dos conceitos de bilinguismo e plurilinguismo. Ah! E para saber mais sobre o termo plurilíngue, leia também o nosso artigo Pluriculturalismo no ensino bilíngue: derrubando obstáculos nas relações.

Qual a diferença entre escolas bilíngues e programas bilíngues?

Quando falamos de educação bilíngue, precisamos diferenciar esses dois conceitos. Como mencionado anteriormente, em escolas bilíngues os currículos das duas línguas são integrados. Por meio de ambas, aprende-se matemática, ciências, história, etc., e isso não é opcional.

Já nos programas bilíngues, a participação dos alunos é opcional e a aprendizagem por meio da língua adicional acontece em período estendido, ou seja, no contraturno do currículo oficial da escola. E o que se aprende por meio dessa língua nesses contextos? Aprende-se também sobre outras áreas de conhecimento, mas não da forma como é esperado que aconteça no currículo em português, em que os alunos são avaliados nesses conteúdos.

Em Educação Bilíngue: possibilidades e desafios no Brasil explicamos com um pouco mais de profundidade a diferença entre elas e seus desafios.

Mas o aluno consegue se tornar bilíngue se frequentando um programa bilíngue?

Qualquer pessoa pode se tornar bilíngue. E por qualquer meio. Quando falamos meio, estamos nos referindo à casa, escola bilíngue e programa bilíngue. Todos eles podem transformar sujeitos monolíngues em sujeitos bilíngues. Até mesmo escolas de idiomas. O que diferencia cada um são as abordagens e os focos de ensino. A escola bilíngue precisa instruir em duas línguas, como já mencionamos. Nela, as áreas do conhecimento (matemática, geografia, arte, história, etc.) possuem conteúdos ministrados em outra língua além do português. Os programas bilíngues, por outro lado, também se preocupam em ensinar a língua adicional por meio dessas áreas de conhecimento, mas não com a mesma profundidade. E nele, os currículos em português e na outra língua não conversam. Já nas escolas de idiomas, o foco costuma ser a língua (aprender a se comunicar em outro idioma), portanto ele costuma ser o único objeto de estudo.

E afinal, como a educação bilíngue acontece na prática?
Elencamos alguns pontos importantes para pensarmos sobre essa questão:

  • Refletir sobre por que proporcionar uma educação bilíngue: há alguns benefícios que permeiam essa escolha. Programas bilíngues são uma ótima opção para as escolas trabalharem a multidimensionalidade do processo educativo. Ao optar por um programa bilíngue, a escola estará oferecendo não apenas mais uma possibilidade de aumentar o repertório do aluno ao se comunicar, mas também uma nova forma de ver o mundo e agir nele. A educação bilíngue vai além de falar mais uma língua. É por meio da língua que podemos compreender e atuar em mais contextos. Ela permite valorizar a diferença e o respeito pelo outro, analisar criticamente estereótipos, estimular práticas de solidariedade, compreender e valorizar a crescente interdependência mundial, reconhecer, respeitar e apreciar a diversidade cultural, étnica e política dos povos do mundo, resistir à ideia de inimigo ao favorecer a tolerância entre as nações.

  • Conhecer a comunidade escolar e suas necessidades: é preciso conhecer quais são as necessidades das crianças e adolescentes que frequentam a escola e a realidade de suas famílias para saber qual caminho seguir: escola bilíngue ou programa bilíngue? Isso porque a mudança para se tornar uma escola bilíngue é gigantesca e precisa ser muito bem planejada e comunicada. Há famílias que não querem uma mudança tão brusca. Há também a necessidade de se conhecer a realidade do local onde se vive para saber se haverá condições de ofertar esse tipo de educação. É preciso uma preparação muito grande dos profissionais que irão atuar nela.

  • Comunicar à comunidade escolar a escolha pela educação bilíngue: quando fazemos essa escolha, todos que trabalham e que frequentam a escola precisam ser comunicados. Leia nosso artigo A importância de uma boa comunicação entre a equipe escolar e a família na implementação de programas bilíngues sobre o assunto.

  • Escolher um programa bilíngue: procure por programas bilíngues com sólida experiência no mercado. A escolha precisa ser feita com calma e cautela. É importante procurar por aqueles que apresentam sinergia com a proposta pedagógica da escola. Sobre isso, leia o artigo 3 passos para implementar um programa bilíngue na sua escola.

  • Pensar sobre a formação dos educadores: sabemos que não é fácil encontrar profissionais para atuar em um contexto tão rico e complexo como o da educação bilíngue. Então, contar com percursos formativos dentro da instituição escolar pode ser uma ótima maneira de envolver os docentes, de ajudá-los a crescer profissionalmente e alinhar discursos e práticas pedagógicas.

  • Criar um ambiente bilíngue: valorize as duas línguas no espaço escolar, tanto em termos de exposição da língua nos corredores da escola, quanto na importância das duas ou mais línguas e culturas no currículo.

  • Estar atento e atualizado com os assuntos da área: isso vale tanto para assuntos acadêmicos quanto para a legislação. E, como já vimos, compartilhar essas informações com a comunidade escolar é de extrema importância.

Há também questões mais específicas que tratamos em outros artigos. Para conhecê-las, recomendamos a leitura de Alfabetização e ensino bilíngue: como esse processo acontece? e Inglês na Educação Infantil e os reflexos na formação de cidadãos bilíngues.

Parecem passos simples, não é mesmo? Mas são tão complexos e envolvem tantas pessoas que precisam ser muito bem planejados.

A YOU oferece assessoria para a sua implementação e soluções bilíngues para as escolas. Auxiliamos gestores, coordenadores, professores e escolas a se destacarem pelo atendimento ao aluno, transformando-os em agentes de mudança por estarem conectados com o mundo.

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Formada em Letras e Pedagogia. Pós-graduada em Metodologia do Ensino de Língua Inglesa e Metodologia e Práticas Bi/Multilíngues.
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