Que o cenário da educação muda constantemente, a gente já sabe. E podemos acompanhar a cada dia novas estratégias de ensino-aprendizagem surgindo com o intuito de desconstruir cada vez mais aquele modelo antigo e engessado que ainda vem à mente de alguns quando o assunto é escola. Uma dessas novidades (nem tão novidade assim) é a metodologia STEAM.
Popular nos Estados Unidos, STEAM, sigla que significa Ciências, Tecnologia, Engenharia, Arte e Matemática, vem sendo implementada nas escolas e faz sucesso por sua abordagem mão na massa. Como diz a sigla, STEAM aborda de forma integrada habilidades de diferentes áreas, visando melhor preparar os alunos para futuros desafios que enfrentarão na vida cotidiana como cidadãos do mundo.
Hoje sabemos que é impensável querer que o processo de aprendizagem aconteça de forma compartimentalizada. Há um pouco de tudo em tudo. Sabemos também que o mercado de trabalho procura por profissionais que sejam cada vez mais bem preparados no sentido de estarem prontos para qualquer desafio, independentemente de sua formação. E como indivíduos que atuam e agem na sociedade, precisamos ser cada vez mais flexíveis, ágeis e engajados. E é aí que o STEAM se destaca.
Mas como isso é feito?
STEAM trabalha por meio de projetos em que os alunos idealizam, planejam, debatem, visualizam e constroem protótipos, que são então testados. Se eles não funcionarem, os alunos pensam em possíveis soluções colaborativamente. Ao longo do processo, eles interagem, pesquisam e finalmente analisam o resultado de suas criações. Habilidades como pensamento científico, crítico e criativo, comunicação, empatia e cooperação, entre outras, são potencializadas e os ajudam a ver além da teoria a solução para problemas reais.
E qual o papel do professor na metodologia STEAM?
Durante todo o processo, o professor atua como mediador, guiando e providenciando as ferramentas necessárias para que o aluno consiga a cada aula dar um passo rumo à autonomia. É papel do professor provocar o aluno, propor questionamentos, fazer perguntas e observar enquanto os alunos, de forma colaborativa e também individual, tentam encontrar respostas através da lógica, troca de ideias e constatações.
E quais as vantagens em ter STEAM na minha escola?
Levando-se em conta a metodologia, como ela é aplicada e com qual objetivo, o aluno que tem aulas de STEAM tem inúmeras vantagens. Abaixo, citaremos cinco delas:
- Resolução de problemas: o aluno que aprende a visualizar um projeto, pensar em todos os seus aspectos e testá-lo antes de finalizá-lo vai ser um cidadão que certamente terá uma melhor visão panorâmica na resolução de problemas diversos, com maior capacidade de reconhecer desafios, pensar a seu respeito e chegar a possíveis soluções.
- Administração de tempo: em um mundo em que tudo é para ontem e que se constrói no imediatismo, trabalhar nas aulas com prazos, colaboração e planejamento dá ao aluno uma melhor noção de como administrar o seu tempo.
- Atitude perante erros: atire a primeira. Erros fazem parte de todo processo e vivenciá-los em sala de aula, lidar com eles de forma natural e pensar sobre o fazer para que eles não se repitam são habilidades que todo cidadão deveria praticar. Erros são etapas previstas e abordadas em uma aula STEAM.
- Trabalho em equipe: mesmo os projetos individuais contam com um debate prévio e discussão após sua finalização. Os alunos analisam a produção dos colegas, dizem o que pensam e sugerem alterações e melhorias. Saber trabalhar colaborativamente é uma das habilidades mais importantes atualmente. Um bom líder precisa saber ouvir. Um bom funcionário, precisa saber se expressar e trabalhar colaborativamente. Bons cidadãos pensam no bem coletivo, ouvem, aprendem com o outro, incentivam e reconhecem um bom trabalho e boas ações. Tudo isso está presente nas aulas STEAM.
- Autonomia: você já reparou que há um tutorial para quase tudo e que lojas DIY (do it yourself – faça você mesmo) estão crescendo? Cada vez mais exige-se de todos um certo grau de autonomia. Ao realizar em aula procedimentos e testes em que devem chegar às suas próprias conclusões, o senso crítico e autônomo é instigado, fazendo com que o aluno perca o medo de tentar, até porque ele já entendeu que errar faz parte do processo.
Esse é um assunto muito rico e que renderia outras boas páginas de leitura com exemplos, vantagens e aplicabilidade na vida para além da sala de aula.
Se você se interessou e gostou de saber sobre essa metodologia já conhecida no mundo e que vem se tornando cada vez mais popular no Brasil por todos os motivos citados, temos um club STEAM em nossa grade e ficaremos satisfeitos em lhe contar mais sobre ele. Clique aqui e entre em contato conosco!
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